COMO TORNAR-SE PROFISSIONAL DURANTE A FACULDADE

O tempo para se preparar é agora.

O QUE SABER?

Vejo pessoas esperando o tempo ideal para começar algo. Preciso avisar que este time já chegou, e é o agora! Tenha em mente que nada vem fácil; o resultado só vem para aqueles que se esforçam, arriscam e não desistem.

QUEM SOU?

Meu nome é Ana Carolina Malfatti de Barros (Carol para os conhecidos), acadêmica de direito do 6º período (2020/2). Ingressei na faculdade com 28 anos, e desde a minha graduação, exploro todas as fontes possíveis. Inicialmente, tinha o desejo de ser magistrada, e busquei este caminho. Durante a faculdade, decidi que a advocacia era a minha vocação, então, comecei a trilhar este trajeto. Mudar de carreira quando estamos fazendo uma faculdade, não é anormal.

Nunca me conformei com o fato de precisar esperar 5 anos para então, conseguir me tornar profissional. Sabemos que a faculdade não nos ensina isso. A partir daí, comecei, sozinha, a buscar formas de ingressar na carreira e consegui. Acredite, sempre tive excelentes resultados, independentemente de ter mudado minha escolha. E quando me refiro a resultados, estou dizendo que na magistratura, eu já cheguei a refazer provas antigas e errar somente uma questão. Na advocacia (jus postulandi), sempre ganhei dinheiro, ao ponto de pagar minha faculdade, sem precisar estagiar em nenhum lugar.

Tudo isso quero compartilhar com você, para que seus resultados sejam, até mesmo, melhores do que os meus. Tenho certeza de que se você seguir minhas dicas à risca, no tempo certo, os resultados virão.

1. COMO COMEÇAR?

O curso de direito proporcionará a você uma imensidão de carreiras, sejam na área privada ou na pública. E não se preocupe em mudar de ideia no meio do caminho. Se você ainda tem dúvidas de qual carreira seguir, sugiro que experimente tudo o que puder: concurso, estágio em escritórios e em tribunais ou defensoria pública. Eu fiz isso.

Primeiramente, defina sua ESCOLHA BASE, conhecendo-se:

1- Você gosta de uma rotina definida, sem muitas oscilações no seu dia a dia, com rendimentos determinados? A carreira pública é para você. Eu já estagiei no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, então posso garantir que, algumas emoções podem até acontecer, mas, no geral, suas tarefas diárias serão praticamente as mesmas.

2- Agora, se você gosta de desafios, de se superar diariamente, sem limitações de ganhos, então a advocacia privada está no seu sangue!

Independente da sua escolha, saiba que ambas necessitarão de planejamento, porque você precisará montar um plano com metas bem definidas para chegar ao lugar desejado; organização, com a definição de horários de estudos, de como acompanhará os processos etc.; e dedicação, que é a fase de colocar em prática tudo aquilo que está no papel.

1. INICIANDO ANTES DO DIPLOMA

1.1 Advocacia

Eu comecei essa jornada vislumbrando o cenário a minha volta. Percebi que o que eu tinha mais próximo de mim, que me dava a possibilidade de atuar antes de eu me formar, era postular em causas próprias nos Juizados Especiais Cíveis. E o que todos nós cidadãos temos em comum? Somos consumidores! A partir daí, engoli o Código de Defesa do Consumidor, e passei a prestar atenção nos acontecimentos do meu dia a dia que se encaixavam na lei. E assim foram, uma, duas, cinco, dez ações anuais.

Aprendi a elaborar petições iniciais pesquisando muito em sites confiáveis. Após isso, foi a hora de ingressar com a ação. Como ainda não tinha estudado matérias como Teoria Geral do Processo, eu não sabia nem por onde começar. Neste momento, enfiei a cara mesmo, rs. Liguei no primeiro JEC da cidade que apareceu no Google e perguntei. Com a informação na mão, fui até o NADAC e protocolizei (ou protocolei. Os nomes são feios, mas são esses mesmos, rs) a Inicial. Depois disso, muitas outras situações novas foram surgindo durante o processo que me fizeram ter um vasto conhecimento, antes mesmo de aprender a matéria na faculdade. E, junto com elas, vieram excelentes resultados. (Não se preocupe com os detalhes porque escreverei sobre o passo a passo para você em outro e-book).

Mesmo assim, não foi suficiente para mim. Eu queria defender casos de outras pessoas. Experimentar outras áreas do direito. Então, a ideia veio (graças a Deus). Fiz parcerias com alguns professores da faculdade. Eu levava clientes, auxiliava nos processos, em troca de uma porcentagem. Só assim aprendi a atender as necessidades de outras pessoas e a entender como eu deveria fazê-lo. Pareceu fácil? Ilusão a sua, rs. Eu não fazia ideia de como atrair clientes, atender e fechar contratos. Neste ponto, li muitos livros, fiz cursos e, quase que diariamente, fazia/faço pesquisas de aprimoramento.

Nada disso é tarefa fácil. Todos os dias eu busco novas estratégias porque advogar é uma luta diária, uma mescla de vendas com divulgação de sua imagem vinculada a conteúdos relevantes. Todavia, tudo vale a pena no final, não somente pelos altos ganhos, mas, também, porque você se sente satisfeita (o) em entregar um trabalho excepcional para seu cliente.

2.2 Magistratura, promotoria etc.

Para aqueles que já sabem que querem a área pública, recheada de grandes títulos, não pensem em esperar a faculdade acabar para começar com os investimentos. Eu, quando tinha em mente a magistratura, comecei os estudos no primeiro período. Como? Ora, peguei os editais dos concursos anteriores, fiz um planejamento de estudos muito bem organizado, e iniciei as maratonas diárias de estudos. E quando digo diária, isso incluía meus domingos, feriados e aniversario. Neste momento você vai dizer: “Mas você nem entendia daquelas matérias!”. De fato, nunca tinha tido contato com elas, porém isso não me impediu de estudá-las. Dava tão certo que meu grau de erros foi diminuindo, ao passo que, uma certa vez, errei somente uma questão da prova. Bingo! Estava no caminho certo.

Outra dica é conseguir uma vaga de estágio no gabinete de um (a) juiz (a) ou promotor (a). Você pode tentar através do método tradicional, que é se cadastrar no portal do CIEE (associação de direito privado responsável por programas de estágio), ou, pelo método mais eficaz que é pedir para alguém indicar você. Isso mesmo. P-E-D-I-R. Seja para um colega da faculdade ou, até mesmo, seu (sua) professor (a)/ coordenador (a). Acredite, este último jeito é bem mais fácil. Nada como ter um networking dentro do local onde você quer estar, ou que tem uma certa proximidade. Você pode, ainda, ingressar através de concurso público de estágio. Consulte no site do órgão que você deseja trabalhar.

Mais uma forma de você ter contato com a profissão é através de concursos para nível médio, como o cargo de técnico judiciário. É o mais rentável, monetariamente falando. A vantagem é que você estará dentro do Judiciário, conhecendo servidores (as) e magistrados (as). E, depois que você entrou, se souber se destacar, poderá trabalhar ao lado de pessoas que você admira, através de cargos de confiança.

Todas estas formas levarão você mais próximo de realizar seu sonho. Basta que você tenha muita, mas muita vontade e doses de paciência. Eu já me passei em concursos, mas decidi outra carreira. O importante é tentar, pois só assim, o realizar será possível.

MAIS DICAS

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